A Sun Microsystems (nome de solteira) que nos últimos meses flertou com vários outros possíveis parceiros como IBM, HP, Cisco e DEll, viu nos softwares da Oracle uma nova oportunidade de subir ao altar com seu amor de longos anos ao mesmo tempo em que voltava para o seleto clube da elite tecnológica.
Nesta longa relação, ambas trouxeram filhos crescidos e já respeitados no mercado. A Sun entrou com o MySQL, garoto prodígio e que já era o xodó da Oracle, antes mesmo da união. A boca pequena corria inclusive o boato que o menino era filho bastardo devido ao seu grande talento para os Bancos de Dados.
A Oracle trouxe o mundialmente famoso e bem conceituado OpenOffice, o patinho feio e que nunca esteve em grandes disputas. Exatamente por esse motivo era o queridinho da comunidade "hype", do open source.
Futuro. Agora, enquanto estão na fase de lua-de-mel o destino dos filhos ainda não foram traçados. A expectativa é quando todos voltarem para casa.
A aposta mais provável é da Oracle cortar um pouco as asas do MySQL e deixar ele perder o seu próprio brilho aos poucos. Enquanto utiliza da tecnologia e respaldo da Sun para fortalecer a sua própria ferramenta de BD.
O OpenOffice não é de grande interesse para nenhuma das duas, o filho mais novo que sempre ficou com a turma alternativa do open source, ao que tudo indica pode voltar a ser assediado pela Microsoft.
A jogada seria aproveitar o espaço criado para trazer para dentro de sua casa dois grupos específicos: os hypes e os mauricinhos, ao mesmo tempo em que rejuvenesce e fortalece os seus próprios softwares proprietários.
Entretanto, vale destacar que por fora ainda aparece a Google, que embora tenha suas plataformas todas baseadas na web, já demonstrou o desejo, além de ter percebido a necessidade, de oferecer no seu pool de produtos aplicativos para o desktop.
Caso essa segunda opção prevaleça só nos resta torcer pelo gigante das buscas não destruir todo OpenOffice da mesma forma que fez com o editor de textos Writely.
Por hora, a única certeza foi o pronunciamento dos noivos que afirmaram amor eterno e que todos viveriam felizes debaixo do mesmo teto. Infelizmente, na vida real, a frase "e viveram felizes para sempre" tem prazo certo para terminar. Neste caso, vai acontecer na hora de enxugar os custos e fazer os novos filhos do casal mostrar que podem ser rentáveis.
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