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sexta-feira, 14 de maio de 2010

O impacto do Ibope no monitoramento das mídias sociais

O segmento de monitoramento ganhou um respaldo de peso com o lançamento das ferramentas BuzzMetrics e VideoCensus, pelo Ibope. Com este novo serviço o instituto busca conquistar o espaço no mercado que tinha como único representante a Comscore. O anúncio fez os alarmistas de plantão iniciar o debate se este seria o ponto de partida para a falência de empresas e agências que já atuam no mercado com o mesmo serviço.

Entretanto, muitos ainda desconhecem que o Ibope vai entrar no mercado não para mensurar campanhas ou oferecer uma nova ferramenta como o Scup, mas para brigar por um mercado que tem multinacionais e grandes empresas demandando o serviço de monitoramento, percepção da marca e tendências do mercado.


Para empresas e agências o  impacto desta nova ferramenta deve começar a ser sentido em no máximo três meses. Com a entrada do Ibope no segmento de mensuração, antigas empresas que não tinham a preocupação de quantificar suas ações vão começar a buscar formas de oferecer dados consistentes para seus superiores, ao mesmo tempo em que buscam investir em tecnologia, metodologia e profissionais.

Mas para quem sonha ao contrário vale lembrar que a Webtrands tem uma ferramenta similar a que está sendo lançada pelo Ibope, mas ainda não se arriscou entrar no mercado brasileiro por um único e decisivo fator: semântica. Não existe algoritmo e computador que consiga dar precisão no conteúdo gerado pelo internauta nas mídias sociais. Agora, é lançar os dados e cada um fazer suas apostas de como o mercado vai passar a viver com esta nova realidade.
 

Mensuração. O acompanhamento e consolidação de dados em redes sociais, que muitos afirmam ser a soma de todas as referências em torno de uma marca, promete sofrer um rápido e vertiginoso amuderecimento com estas novas ferramentas.

Um possível monopólio do mercado está totalmente descartada afinal não podemos esquecer que o Ibope e o IVC já fazem medições dos principais segmentos da mídia e ainda assim existem grandes institutos de pesquisas que surgiram para suprir a demanda que os dois não conseguiram atender.

A mesma realidade vai ser mantida para o segmento de mídias sociais. O Ibope não vai mensurar pequenas campanhas, muito menos atuar na classificação de viés de marcas. Este trabalho vai continuar sendo feito pelas pequenas e médias agências. Ao que tudo indica o foco corporativo do Ibope é se manter no comércio de pesquisas fechadas, de grande porte e volume e atendendo grandes corporações que não encomendam pesquisas para a realização de ação e sim para um reposicionamento de marca.

Quem pensa o contrário e ainda prefere acreditar que o Ibope vai passar a vender licenças de suas ferramentas vale lembrar que a Webtrands tem uma ferramenta similar, mas ainda não se arriscou entrar no mercado brasileiro por um único e decisivo fator: semântica. Não existe algoritmo e ferramenta que consiga dar precisão no conteúdo gerado pelo internauta nas mídias sociais e grandes empresas não tem interesse em saber volume de sentimento e sim de menções e tendências.

Como o segmento de mensuração vai se comportar depois desta transformação somente o tempo poderá dizer, agora resta apenas cada um fazer suas apostas e esperar para ver como o mercado vai passar a viver com esta nova realidade.

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